segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Há coisas que não entendo...

...por exemplo, este ritual de boas vindas ao novo ano, quando, há pelo menos uma década, ouvimos dizer que o ano seguinte vai ser bem pior que o anterior.
Ou somos tolos ou somos sádicos. (Ou os dois...)
E entre copos e euforia recebemos de braços abertos o ano recém chegado, com as suas crises financeiras, com as súbidas da Euribor e das taxas de juro, com os aumentos dos combustíveis e dos bens alimentares, com empregos precários ou mal pagos, com despedimentos colectivos, com um acentuado decréscimo da qualidade de vida, enfim, com fome e miséria, tudo isto, num país onde existem mais centros comerciais por metro quadrado do que camas em hospitais.
Não deveríamos antes fazer umas "mesinhas" para achar essa casta perdida que é um Ano bom e promissor, avesso a recessões financeiras e outras especulações de crise económica?
Talvez seja por isso que à meia-noite está tudo de copo de champanhe na mão.
Não é para dar as boas vindas ao Novo Ano, é para esquecer que vem ai!

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